Quem aqui na adolescência não mentiu para ir encontrar aquele paquerinha da escola? E sentiu o coração sair pela boca, ao chegar ao encontro? Talvez seja por esse motivo que guardamos as primeiras experiências em nossa memória, com aquela sensação de que não iremos mais viver aquilo novamente. Não vou falar sobre julgamentos, que atrapalham e muito na nossa sexualidade. Vamos deixar esse assunto para outro texto, por que ele merece um só para ele.

Namoramos, casamos e viramos pais. Então, eu me pergunto se aquela rapidinha quando os filhos dormem ou estão brincando na sala é proibida? Vamos refletir sobre a famosa frase: O proibido é mais gostoso e se isso nos excita.

Todos nós sabemos que a natureza humana quer aquilo que não conseguimos facilmente e, de repente, percebemos que não somos atraídos pela pessoa certa, ou pelo fato de aquela pessoa parecer indisponível nos atraia. Sim! A atração sexual é um dos mistérios da vida. Talvez por isso que somos muitas vezes levados a ideia de que precisamos de muita ‘safadeza’ para ter prazer a dois.

E a ideia de ” fruto” proibido? A imagem da paixão sem controle está na nossa cabeça e parece distante da concepção de um relacionamento longo e duradouro.

A ideia da traição pode nos ajudar a entender um pouco sobre os mecanismos da excitação. Porque? Temos a crença de que a novidade e as oportunidades para maiores sensações de excitação estão no errado, ou seja, a produção de uma forte carga erótica. É aquela sensação de que estamos fazendo algo proibido e que podemos ser flagrados a qualquer momento. O risco da descoberta é algo muito excitante. Na verdade, estamos falando da sensação de quebrar regras e não da traição em si.

As proibições e fantasias estão intimamente ligadas, quando falamos de um ‘não podemos deixar de falar do outro’. A sexualidade é algo extremamente refinado e individual, querer generalizar ou tirar conclusões para todos é quase um trabalho impossível.

Aqui está o jogo sexual, misterioso e erótico. Criamos barreiras que usamos para sentir prazer e nos excitar, usamos na hora do sexo como uma transgressão nas nossas fantasias. Aquelas mesmas regras e limites que precisamos para nos sentir seguros são as mesmas que nos dão tanto prazer a desafia-los. Eis aqui o paradoxo do erotismo. E você o que pensa sobre isso?